Epidemiologia e Apresentação Clínica

Epidemiologia

  • 5% dos pacientes com câncer vão desenvolver um episódio de CM.
  • A incidência depende do tumor primário: 0,2%, câncer de pâncreas; 8% em mieloma.
  • 5% em pacientes entre 40-50 anos e 0,5% entre 70-80 anos.
  • CM/tumor primário: mama (10%), próstata (10%), pulmão (20%) e mieloma (10%).
  • Coluna torácica 60-80% > coluna lombar 15-30% > coluna cervical <10%.
  • 10% dos pacientes com diagnóstico de CM podem ter um segundo episódio.

Patologia

Três são os mecanismos através do qual a medula é comprimida pelo tumor.

1-Lesões líticas ou blásticas estimulam a produção de fatores que promovem o crescimento dos osteoclastos e de sua atividade. A destruição do osso da cortical provoca enfraquecimento da estrutura dos corpos vertebrais, resultando em colapso e compressão.

2- Lesões paravertebrais podem invadir o corpo vertebral anteriormente, provocando instabilização da vértebra e desabamento e/ou invasão do canal medular e sua compressão. Lesões localizadas posteriormente ao corpo vertebral podem causar invasão pela saída das raízes nervosas, resultando em compressão e/ou radiculopatia.

3- Disseminação intramedular com implantes na medula, provocando edema e compressão.

Apresentação Clínica

  • Dor nas costas (70-95%) é o sintoma mais frequentemente relatado de CM. Déficits motores (61-90%), sensoriais (46-90%) e disfunção autonômica (40-60%).
  • Dor é o sintoma inicial e localiza-se sobre a área do tumor devido à destruição da vértebra. Com o tempo, torna-se mais intensa.
  • Vários níveis da coluna vertebral podem ser afetados e, em até 30% dos pacientes, mais de uma vértebra está dolorosa à palpação.
  • 60% dos pacientes estão deambulando na apresentação.
  • Paresia é a manifestação mais evidente e problemática da CM.
  • A diminuição de força está presente em 60-85%dos pacientes no momento do diagnóstico.
  • A perda do controle do esfíncter da bexiga e do intestino ocorre relativamente tarde e é frequentemente associada a um mau resultado funcional após a radioterapia exclusiva.