Pisters et al. (1996) DOI: 10.1200/JCO.1996.14.3.859
164 pacientes foram randomizados para receber braquiterapia intra-operatória (BRT) ou observação após a ressecção completa dos sarcomas de tecidos moles da extremidade ou de tronco superficial.
A RT adjuvante foi administrado por BRT com dose de 42-45 Gy ao longo de 4 a 6 dias.
Com um tempo de acompanhamento médio de 76 meses, as taxas de controle local em 5 anos foram de 82% e 69% para BRT e observação (P = 0,04), respectivamente.
Pacientes com lesões de alto grau tiveram taxas de controle local de 89% (BRT) e 66% (sem BRT) (P = 0,0025). BRT não teve impacto sobre o controle local em pacientes com lesões de baixo grau (P = 0,49). A sobrevida livre de recorrência em 5 anos foram de 83% e 76% para BRT e observação (P = 0,60), respectivamente.
Yang et al., (1998) DOI: 10.1200/JCO.1998.16.1.197
Pacientes com tumores da extremidade foram randomizados para receber ou não RT pós-operatória adjuvante.
91 pacientes com lesões de alto grau foram randomizados; 47 para receber radioterapia (RT) e 44 para não receber RT.
Com uma média de acompanhamento de 9,6 anos, uma redução altamente significativa (P2 = 0,0028) na probabilidade de recidiva local foi vista com a RT, mas não houve diferença para sobrevida.
50 pacientes com lesões de baixo grau (24 randomizados para ressecção isolada e 26 para a ressecção e RT pós-operatória), houve uma menor probabilidade de recorrência local (P = 0,016) em pacientes que receberam RT, mas sem uma diferença na sobrevida global.
RTX neoadjuvante
NCIC (O’Sullivan et al.2002).DOI: 10.1016/S0140-6736(02)09292-9
190 pacientes com SPM de extremidade foram randomizados para RT pré-op (50 Gy) versus RT pós-operatório (66 Gy).
Se margens positivas após a RT pré-op. de 16 Gy foram dadas. Não houve diferença no controle local (93%) e sobrevida livre de doença (65%). Não houve diferença para a sobrevida global.
Mais problemas de cicatrização com RT pré-operatória (35% vs 15%), no entanto, a RT pós-operatória aumentou a taxa de fibrose tardia (48% vs 31%, p = 0,07).
Pollack et al. 1998. PMID: 9806516
Compararam pacientes tratados com RT pós-operatória (60-66 Gy) ou RT pré-op. (50 Gy).
Nenhuma diferença no controle local entre RT pré versus pós-operatória.
Maior taxa de dificuldade de cicatrização das feridas foi observada com a RT pré-operatória (25% estadio 5%).
RTX+QTX neoadjuvante
RTOG-9514 (Kraybil et al. 2010) DOI: 10.1002/cncr.25350
O RTOG- 9514 avaliou a RT+QT neoadjuvante em SPMs de extremidades de alto grau com > = 8 cm de diâmetro. Os pacientes receberam três ciclos de QT neoadjuvante (QT; mesna modificada, doxorrubicina, ifosfamida, dacarbazina [MAID]) intercalada com a RT pré-operatória (RT; 44 Gyadministrados em 2 ciclos divididos e intercalados com a QT) e três ciclos de QT de pós-operatório (MAID modificado).
Sessenta e seis pacientes foram inscritos, dos quais 64 foram analisados. A taxa de ciclos completados de QT em relção ao programado foi de 69% para QT pré-operatória e 59% QT pré e pós-operatória. Três pacientes (5%) apresentaram morte relacionada ao tratamento e toxicidades (mielodisplasias e infecção). 53 pacientes (83%) apresentaram toxicidades grau 4; a maioria das toxicidades foram hematológicas (78%). Sessenta e um pacientes foram submetidos à cirurgia. Cinquenta e oito deles foram ressecções R0, dos quais cinco foram amputações e 3 ressecções R1. A taxa de estimados para falha local-regional em 3 anos foi de 17,6 %, com a amputação sendo considerada uma falha e 10,1% se não. As taxas em 3 anos para SLD, SLM e SG foram de 56,6% , 64,5 % e 75,1%, respectivamente.
QTX adjuvante
SMAC meta-analysis (Pervaiz et al. 2008) DOI: 10.1002/cncr.23592
Quatorze ensaios clínicos com QT à base de doxorrubicina adjuvante envolvendo 1.568 pacientes foram incluídos na meta-análise. O acompanhamento médio foi de 9,4 anos, a QT adjuvante resultou em uma redução na taxa de risco para recidiva local de 0,73 (IC95 % 0,56-0,94) e recidiva a distância de 0,70 (IC 95 % 0,57-0,85).
A QT também teve impacto na SLP com OR= 0,75 (IC 95 % 0,64-0,87). Para a sobrevida global a taxa de risco de 0,89 não foi significativa, (IC 95% 0,76-1,03), mas representa um benefício absoluto de 4% (IC 95% -1 a 9) em 10 anos.