A simulação de tratamento deve ser realizada em tomógrafo simulador para obtenção de um plano de tratamento adequado.
Com o paciente em posição de tratamento supina, as imagens de todo o corpo são obtidas com espessura de 5 mm a partir da abóbada do crânio até a região sacral, com espessura de 3 mm.
O paciente é imobilizado por um colchão a vácuo, Vac-fix, e por uma máscara termoplástica feita individualmente para cada paciente.
Delineamento dos volumes de tratamento e órgãos de risco
O volume de tratamento inicial deve incluir todo o cérebro e se estender até a borda inferior da terceira ou quarta vértebra cervical para permitir uma margem adequada abaixo do tumor primário na fossa posterior.
A coluna também deve ser incluída, estendendo-se da quarta ou quinta vértebra cervical (altura dos ombros) até S2-3 forame.
Após o volume de tratamento inicial receber a dose de 23,4-36 Gy, o volume é reduzido para cobrir o tumor primário. Usando TC e fusão com a RM, o GTV para o tumor é delineado baseado no volume de doença pré-operatória, junto com qualquer foco de doença residual após a cirurgia. Após o delineamento do GTV, podemos resumir os CTVs como:
CTV 24 (baixo risco) 36 (alto risco) Gy = medula limite superior na altura dos ombros e inferiormente até S2-3 até o forame sacral.
CTV 54 fossa posterior = GTV- tumoral (RM pré-tratamento) mais a margem de 1 cm.
A margem do PTV varia de 3-5 mm de acordo com o erro de set-up de cada instituição.
Técnica de RT
A radioterapia de intensidade modulada (IMRT) é uma boa opção de tratamento, tendo benefícios para irradiação do eixo vertebral.
Os benefícios do tratamento com IMRT são os de poupar os órgãos de risco, sem aumento significativo na dose integral.
Utilizando-se o IMRT, é possível a redução de dose em diversas estruturas, tais como rins, fígado, intestino delgado e cóclea, com melhora na cobertura do PTV.