Os pacientes são simulados em decúbito dorsal utilizando máscara termoplástica. A simulação deve ser feita por tomografia de simulação para garantir melhor delimitação dos volumes de tratamento e órgão em risco. Imagens com cortes de 3 mm são adquiridas desde o topo do crânio até a primeira vértebra cervical. Contraste intravenoso e fusão com RM podem ajudar nos casos de resposta incompleta à QT para a delimitação de volume para o boost de dose.
Delineamento do volume de tratamento
O volume de tratamento deve incluir todo o sistema nervoso central, devido ao risco de doença subclínica e recidivas fora do campo de radioterapia para campos mais restritos. No desenho dos volumes de tratamento, todo o cuidado deve ser tomado para a inclusão de todo o cérebro e as reflexões das meninges, principalmente ao longo do nervo óptico.
Para o boost em casos de resposta parcial, sugere-se o uso de fusão com RM pós QT em T2 com flair para delinear todo o tumor mais área de edema.
CTV24-36: incluir todo o cérebro, parte posterior da órbita e reflexões meníngeas do nervo óptico.
CTV boost (resposta parcial)/44 Gy: um boost pode ser dado à lesão residual (GTV), orientado pelos exames de imagem pós-QT (RM) + margem 1 cm.
PTV: é gerado a partir da expansão do CTV com margens em todas as direções de 5-10 mm, dependendo do erro de set-up da instituição.
Dose de RT
Se esquema R-MPV com resposta completa:
23,4 Gy em 13 frações de 1,8 Gy em todo o crânio.
Se MTX combinado a outras drogas:
36 Gy em 18 frações de 1,8 Gy em todo o crânio.
Se resposta parcial ou doença residual ou recidiva:
44-45 Gy em 22-25 frações de 1,8-2 Gy em todo o crânio.
Técnica de RT
Recomendamos RT 3D com campos paralelos opostos ou IMRT/VMAT nos casos de doença residual próximo a quiasma e nervo óptico.