Condutas e Evidências

Condutas

Evidências

MTX em altas doses com citarabina
Ferreri et al. (2009) DOI: 10.1016/S0140-6736(09)61416-1

  • Ensaio clínico randomizado fase II que comparou metotrexato 3,5 g/m2 com a mesma dose de metotrexato associado a citarabina 2 g/m2 duas vezes por dia nos dias 2-3.
  • Os ciclos de quimioterapia foram administrados de três em três semanas, seguidos por radioterapia cerebral total. O tratamento combinado resultou em:
  • Maiores taxas de resposta completa (46% vs. 18%) e geral (69% vs. 40%). Taxas mais elevadas de toxicidade hematológica (grau 3/4) (92%vs. 15%).
  • Maior taxa de infecção e uso de fator estimulante de colônia, houve 3 mortes relacionadas ao tratamento e uma entre os pacientes que receberam metotrexato apenas.

MTX altas doses + TMZ e rituximab e consolidação citarabina + etoposídeo
CALGB 50202 (Rubenstein et al. 2012) DOI: 10.1200/JCO.2012.46.9957

  • Estudo multicêntrico fase II com 46 pacientes com diagnóstico de LPSNC foram avaliados após o tratamento com altas doses de metotrexato (8 g/m2, temozolomida e rituximab) seguido de consolidação para os pacientes que obtiveram resposta completa com citarabina mais etoposídeo. Com seguimento médio de 3,3 anos, os seguintes resultados foram observados:
  • 63% obtiveram resposta completa com a quimioterapia de indução e realizaram a terapia de consolidação.
  • A sobrevida livre de progressão mediana (SLP) foi de 2,3 anos, com taxas de 73%, 71% e 67% em 1, 2 e 3 anos, respectivamente. A taxa de sobrevida global foi de 73%, 71% e 67% em 1, 2 e 3 anos, respectivamente.
  • Houve uma morte relacionada com o tratamento durante a consolidação (sepsis), sem evidência significante de neurotoxicidade precoce ou tardia relacionada com o tratamento.

MTX dose alta exclusiva
Batchelor et al. (2003) DOI: 10.1200/JCO.2003.03.036

  • Estudo prospectivo fase II avaliou a administração de 8 g/m2 IV, seguida de cálcio leucovorina cálcica de resgate salvamento, a cada 14 dias, até que uma resposta completa ou até um máximo de 8 ciclos. Se uma resposta parcial ou completa foi demonstrada em RM, a quimioterapia de manutenção, com o metotrexato (8 g/m2) IV uma vez por mês, era continuada por 11 ciclos ou até que ocorresse toxicidade inaceitável ou evidência de progressão da doença.
  • Um relatório de 23 pacientes avaliáveis tratados nesse protocolo demonstrou os seguintes resultados:
  • Taxa de resposta global de 74% com 12 respostas completas e 5 parciais.
  • Mediana livre de progressão e de sobrevida foi de 12,8 e 23 meses, respectivamente.
  • Toxicidade foi moderada, com toxicidade grau 4 vistas em apenas quatro pacientes após 287 ciclos de quimioterapia.
  • Dos 19 pacientes que tiveram pelo menos um Mini Exame do Estado Mental, apenas um caiu da linha de base, de 29 para 27.

MTX dose alta com ou sem RT
G-PCNSL-SG-1(Thiel et al.2010) DOI: 10.1016/S1470-2045(10)70229-1

  • Ensaio clínico randomizado com 551 pacientes com LSNC foram randomizados para seis ciclos de quimioterapia (intravenosa metotrexato de 4 g/m2, com ou sem ifosfamida) sem radioterapia ou para quimioterapia com radioterapia de cérebro total. Sessenta e seis pacientes (13%) morreram durante a quimioterapia inicial.
  • Para os pacientes que completaram o tratamento, não houve diferença para a sobrevida mediana entre a radioterapia de cérebro total e quimioterapia exclusiva (37,1 e 32,4 meses) nem para a sobrevida livre de progressão (11,9 e 18,3 meses, respectivamente).
  • A radioterapia de cérebro total foi associada a uma maior taxa de neurotoxicidade retardada (71% vs. 46%), quando comparada com aqueles que não a fizeram.

RTOG 9310 (De angelis et al. 2002) DOI: 10.1200/JCO.2002.11.013

  • Estudo multicêntrico do RTOG/SWOG incluindo 102 pacientes diagnosticados com LPSNC, tratados com 5 ciclos de metotrexato (2,5 g/m2), vincristina, procarbazina e MTX intratecal (12 mg), todos seguidos de radioterapia de cérebro total com 45 Gy e QT de consolidação com citarabina.
  • Taxas de resposta completa ou parcial com a quimioterapia foram 58% e 36%, respectivamente. A taxa de resposta foi associada a maior sobrevida global (50 contra 22 meses) para os pacientes com resposta completa. A idade foi outro fator prognóstico (<60 e ≥ 60 anos de idade). Toxicidade neurológica tardia foi observada em 12 pacientes, oito dos quais morreram.

RT de crânio total com dose reduzida
MSKCC (Morris et al. 2013) DOI: 10.1200/JCO.2013.50.4910

  • Pacientes com LPSNC receberam quimioterapia de indução com 5-7 ciclos de R-MPV (rituximab, metrotrexato, procarbazina e vincristina). Aqueles que obtiveram uma resposta completa receberam RT de crânio total com dose reduzida (23,4 Gy), resposta parcial ou doença residual recebeu 45 Gy em todo o crânio. A citarabina de consolidação foi administrada após a radioterapia. O ponto final primário foi a sobrevida livre de progressão em 2 anos (SLP).
  • Cinquenta e dois pacientes foram incluídos, com mediana de idade de 60 anos (30-79 anos) e KPS mediano de 70 (50-100). Trinta e um pacientes (60%) obtiveram RP após R-MPV e receberam RT dose reduzida. A SLP em 2 anos para esse grupo foi de 77%. A SLP mediana foi de 7,7 anos. A mediana de sobrevida global (SG) não foi atingida (seguimento médio para sobreviventes 5,9 anos). A SG de 3 anos foi de 87%. A média (N = 52) de SLP mediana foi de 3,3 anos, e a mediana de SG foi de 6,6 anos. A avaliação cognitiva mostrou melhora na função executiva (p <0,01) e na memória verbal (p <0,05) após a quimioterapia, e os escores de seguimento permaneceram relativamente estáveis ​​nos vários domínios (n = 12).

PACTO Radioterapia