Diagnóstico e Estadiamento

Diagnóstico

Prolactinomas

  • Nos adenomas secretores de prolactina, frequentemente níveis séricos superiores a 200 ng/ml são vistos. No entanto, quando esses níveis são menores que 150 ng/ml, a hiperprolactinemia pode dever-se a lesões que comprimam a haste hipofisária, bloqueando a inibição hipotalâmica.

Acromegalia

  • As dosagens séricas de GH isoladas têm pouco valor no diagnóstico, sendo as dosagens de IGF-1 mais acuradas.
  • O teste de tolerância à glicose costuma confirmar o diagnóstico, observando-se falha na supressão do GH a menos de 1 mg/l.

Doença de Cushing

  • Constitui-se na doença endócrina de diagnóstico mais difícil: começando pela dosagem urinária de cortisol livre, usualmente acima de 220 a 330 nmol/24h, seguida pelo teste de supressão com baixa dose de dexametasona, normalmente negativo.
  • A confirmação da origem central da secreção aumentada de cortisol, em geral, é feita pelo teste de supressão com altas doses de dexametasona, ocorrendo supressão na doença de Cushing e não na origem ectópica.
  • Ainda é possível realizar as dosagens de ACTH bilateralmente nos seios petrosos, com o intuito de confirmar sua origem central, bem como para identificar o lado do tumor no interior da glândula. A dosagem de cortisol tem sido realizada também na saliva, facilitando o estudo do ritmo circadiano do cortisol.
  • Realizado o diagnóstico de adenoma hipofisário, é importante avaliar a atividade da glândula, dosando os níveis séricos de PRL, GH, IGF-1, ACTH, cortisol, LH, FSH, TSH, tiroxina, testosterona e estradiol.
  • Avaliação oftalmológica, por meio de exame da acuidade visual e da campimetria, é indicada a todos os adenomas com crescimento suprasselar ou aos pacientes com queixas visuais.
  • Diagnóstico por imagem é fundamentalmente feito pela ressonância nuclear magnética (RNM), devendo-se considerar que, na doença de Cushing, a imagem da hipófise pode ser normal. Lembre-se de que alteração na RNM pode não significar a presença de adenoma, já que uma parte da população abriga adenomas incidentais, em torno de 10%, e, ainda, que 27% das pessoas autopsiadas podem apresentar um microadenoma.

Estadiamento

  • Geralmente, os tumores da hipófise são classificados em microadenomas (<1 cm) ou macroadenomas (>1 cm). No entanto, existe um sistema radiográfico de classificação chamado Hardy.

Classificação dos tumores de hipófise

0: aparência da hipófise normal;

I: microadenoma, <10 mm, restrito ao interior da sela;

II: macroadenoma, ≥ 10 mm, restrito ao interior da sela;

III: tumor invadindo a sela;

IV: tumor invadindo difusamente a sela;

A: 0-10 mm de extensão supra, ocupando a cisterna suprasselar;

B: 10-20 mm de extensão, sem tocar o terceiro ventrículo;

C: 20 a 30 mm de extensão, ocupando o terceiro ventrículo anterior;

D: >30 mm de extensão, além do forame de Monro, ou com maior grau de extensões laterais.

PACTO Radioterapia