Diagnóstico e Estadiamento

Diagnóstico

Exame físico

  • Importante verificar a existência de nódulos, que são pétreos e indolores.
  • O exame deve incluir a avaliação dos sulcos laterais e vesículas seminais.

Ferramentas do PSA
PSA livre

  • A diminuição da relação do PSA livre/PSA total.
  • Recomenda-se biópsia se a relação de PSA livre/total > 25%.

Densidade do PSA

  • DPSA = PSA total/volume da glândula.

Velocidade do PSA

  • PSA 4-10 com uma velocidade de 0,75 ng/mL por ano tem especificidade de 90.
  • PSA foi < 4 ng/mL, velocidade do PSA > 0,35 ng/mL por ano.

Biópsia

  • Guiada pelo ultrassom (US), é o método padrão para o diagnóstico do câncer de próstata.
  • Biópsia de 12 fragmentos é realizada aleatoriamente na base, no ápice e na zona central em cada lado da glândula, ao longo de duas linhas paralelas laterais.
  • A maioria dos cânceres tem uma aparência hipoecoica ao USTR, embora até 30% dos casos de câncer possam ser isoecoides. Quando a indicação para biópsia guiada por US é um PSA > 4 ng/mL, o rendimento esperado para o diagnóstico do câncer de próstata atinge 24%. Quando o PSA é > 4 ng/ml, o toque retal (TR) é suspeito e uma lesão hipoecoica é detectado pelo US, o rendimento sobe para 45%.

Cintilografia óssea

  • Tem valor com PSA > 20. PSA < 10 ng probabilidade de uma cintilografia óssea (CO) ser positiva/mL é baixa. PSA <10, 10, 1-20 e de 20 a 50 são 2%, 5% e 16%, CO (+).

Tomografia computadorizada e ressonância magnética

  • TC e RM são utilizados para avaliar a disseminação do tumor para os linfonodos pélvicos.
  • Estes estudos são úteis apenas em pacientes de alto risco, ou seja, aqueles com T > T2b, PSA > 20 e Gleason > 7.
  • Nestes pacientes a ressonância com coil endorretal da próstata pode ser um bom exame para avaliar a extensão local da doença.
  • A RM tem uma vantagem sobre a TC, particularmente, para a visualização de tecidos moles, dando informações mais precisas em relação a extensão extracapsular e/ou envolvimento da vesícula seminal.

Estadiamento

Tumor primário (T)

  • TX: tumor primário não pode ser avaliado;
  • T0: não há evidência de tumor primário;
  • T1a: tumor encontrado em 5% ou menos do tecido ressecado;
  • T1b: tumor encontrado em mais de 5% do tecido ressecado;
  • T1c: tumor identificado por biópsia de agulha (por causa de PSA elevado);
  • T2a: tumor envolve a metade de um lobo ou menos;
  • T2b: tumor envolve mais do que a metade de um lobo, mas não ambos os lobos;
  • T2c: tumor envolve ambos os lobos;
  • T3a: extensão extracapsular (unilateral ou bilateral);
  • T3b: tumor invade vesícula seminal (s);
  • T4: tumor é fixo ou invade as estruturas adjacentes, tais como esfíncter externo, reto, bexiga, músculos elevadores, e/ou a parede pélvica.

Linfonodos regionais (N)

  • NX: linfonodos regionais não podem ser avaliados;
  • N0: ausência de metástase em linfonodos regionais;
  • N1: metástase em linfonodo(s) perirretal(is).

Metástases a distância (M)

  • M0: ausência de metástase;
  • M1a: linfonodo(s) não regional(is);
  • M1a: osso(s);
  • M1c: outro site(s), com ou sem doença óssea.