A tomografia de simulação é recomendada. A TC deve ser obtida a partir da cartilagem cricoide até o topo da vértebra L2 para permitir que o DVH do pulmão possa ser corretamente calculado.
Idealmente, cortes de 3 mm são usados tanto para auxiliar a definição de volume, quanto para criar os DRRs de alta qualidade para auxiliar na verificação do tratamento.
Um isocentro é marcado na TC simuladora. Contraste intravenoso pode ajudar a definir a extensão mediastinal da doença. O PET/TC pode ser usado para ajudar na definição do volume de tratamento e diferenciar o tumor das atelectasias.
Os pacientes devem ser posicionados em decúbito dorsal com os braços imobilizados acima da cabeça em uma posição confortável e reprodutível e permitindo uma boa escolha do ângulo de entrada dos feixes. O paciente segura um dispositivo de barra em T com os cotovelos apoiados lateralmente.
A sustentação do joelho oferece mais conforto e reprodutibilidade.
Delineamento dos volumes-alvo
Recomendamos que o contorno dos órgãos normais e GTV/CTV siga as recomendações do RTOG Atlas de Pulmão (www.rtog.org).
Doença inicial inoperável/localmente avançada
GTV
Para definir o GTV com precisão é importante ter todas as imagens de diagnóstico disponíveis. Informação clínica e relatórios de broncoscopia ou mediastinoscopia devem estar disponíveis.
GTV = tumor primário + nódulos clinicamente positivos observados na TC de planejamento (> 1 cm de diâmetro) ou PET pré-tratamento (SUV > 3) e qualquer exame histológico.
Com linfonodo envolvido comprovado (por mediastinoscopia, endobronquial biópsia guiada por ultrassom, etc.).
Contorno tumor primário usando “janelas de pulmão”.
Os volumes podem ser desconexos ou não contíguos.
No caso de um segmento de lóbulo / pulmão colapsado, o PET pode ser útil para distinguir tumor de pulmão líquido / atelectasia.
CTV
CTV = GTV + 0,5 a 1 cm de margem para contabilização de extensão.
Se for utilizado um ITV, CTV = ITV + 0,5 a 1 cm.
PTV
Respiração livre sem ITV: ≥ 1,5 cm (superior / inferior) e 1 cm no plano axial.
Breath-hold, gating sem – ITV: margem ≥ 1 cm em superior / inferior e 0,5 cm axialmente.
Com ITV: 0,5 a 1 cm.
Pós-operatório
CTV deve incluir no mínimo:
Coto brônquico
Hilo ipsilateral
Estações nodais patologicamente envolvidas
Considerar:
Inclusão de estações nodais adjacentes aos linfonodos envolvidos
Todas as estações linfonodais que ligam estações envolvidas quando existe skip metástases
CTV para margens positivas / extensão extracapsular deve levar em consideração:
GTV pré-operatório
Clipes cirúrgicos
Relatórios cirúrgicos
Relatório patológico
Dose de RT
RT definitivo
60/2 Gy / fx
RT pré-operatória
45 a 50,4 Gy a 1,8-2 Gy / fx seguida de cirurgia após 4 a 6 semanas
RT pós-operatória
Ressecção R0: 45 – 50 Gy a 1,8-2 Gy
Ressecção R1: 54 – 60 Gy a 1,8-2 Gy
Ressecção R2: 60 -66 Gy para doença residual
Dose SBRT
Dose de fracionamento padrão: 18 Gy x 3 frações
Fracionamento conservador: 5 x 12 Gy ou 5 x 11 Gy
Fracionamento extremamente conservador: 7.5Gy (ou 6.25Gy) x 8 frações
Dose de restrição (RTOG 0617)
Medula espinhal. Dose máx. ≤ 50,5 Gy
Pulmões. Volume de ambos os pulmões – V20Gy ≤ 37%
Dose média pulmonar (pulmão menos CTV): ≤ 20 Gy
Plexo braquial. Dose máx. < 66 Gy
Esôfago. Dose média < 34 Gy; 60 Gy deve ser calculado
Coração. V60 Gy <1/3, V45 Gy <2/3, V 40Gy <100%
Dose de Restrição SBRT (ROSEL)
Controle de posicionamento
Independentemente do sistema de controle de imagem (IGRT), o paciente deve ser avaliado antes de cada fração de tratamento e os erros de translação e rotação, assim como a deformação de órgãos normais, devem ser observadas.
Efeitos Colaterais
Agudos
Fadiga, eritema cutâneo ou descamação
Pneumonite por radiação, tosse e dispneia
Febre, desconforto na parede torácica
Tardios
Lesão brônquica, atelectasia, dispneia, fibrose pulmonar e pneumonite
Pericardite, dor torácica, arritmia, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca