Avaliação, diagnóstico e estadiamento clínico envolvem: história, exame físico, exames de imagem, seguidos de panendoscopia com biópsia.
Exame endoscópico é essencial para determinar a extensão do tumor, o envolvimento das estruturas adjacentes e investigar outra neoplasia primária na região.
A biópsia do tumor primário tem sido tradicionalmente realizada no momento da panendoscopia. Quando existe massa palpável, aspiração com agulha fina pode ser realizada no sentido de confirmar a suspeita de gânglio metastático.
Exames de imagem devem incluir Tomografia Computadorizada (TC) e/ou Ressonância Magnética (RM) do pescoço para avaliar a extensão local. TC e RM são exames complementares e devem, idealmente, ser realizados.
TC é particularmente valiosa na avaliação da invasão das cartilagens tireoide e cricoide, bem como avaliar a presença de adenopatias.
RM possui melhor potencial e definição para detectar metástases submucosas ocultas, a invasão da musculatura intrínseca da laringe ou do espaço paraglótico e se houve disseminação para o pedículo neurovascular superior.
TC de tórax é importante para descartar metástases em pacientes de alto risco. PET-TC está se tornando cada vez mais reconhecido como uma ferramenta adicional para a avaliação. Demonstrou-se útil no auxílio para a avaliação da extensão do tumor primário, assim como a do possível segundo tumor primário, metástases a distância e extensão da linfadenopatia cervical.
Estadiamento
Tumor
T1: tumor confinado a uma área da hipofaringe e/ou ≤ 2 cm.
T2: tumor confinado a duas ou mais áreas da hipofaringe ou extensão a local adjacente ou > 2 e ≤ 4 cm sem fixação de hemilaringe.
T3: tumor > 4 cm ou com fixação de hemilaringe ou com extensão ao esôfago.
T4a: invasão de cartilagem cricoideia ou tireoidea, osso hioide, glândula tireoidea, esôfago ou tecidos moles do compartimento central (incluem-se os músculos pré-laríngeos e gordura subcutânea).
T4b: invasão de fáscia pré-vertebral, estruturas do mediastino ou envolvimento da carótida.