Para pacientes idosos com performance adequado, temozolomida associada a radioterapia hipofracionada tem ganho de sobrevida (9,3 vs. 7,6 meses), principalmente nos que apresentam MGMT metilado (13,5 vs. 7,7 meses) (Perry JR et al. N Engl J Med 2017; 376:1027-1037).
Sugerimos que, em pacientes com performance não adequado para tratamento concomitante, se pesquise a metilação do MGMT para decisão quanto a RT isolada ou temozolomida. O estudo NOA 8 mostrou benefício de temozolomida frente a RT em pacientes que apresentavam a metilação (8,4 vs. 4,6 meses). Nos pacientes não metilados, RT foi melhor que temozolomida (4,6 vs. 3,3 meses) (Wick W et al. Lancet Oncol. 2012;13(7):707). O uso de temozolomida ou RT hipofracionada teve impacto semelhante. Já no Nordic Trial, o uso de fracionamento convencional de RT foi pior que o uso de hipofracionamento (Malmström A et al. Lancet Oncol. 2012;13(9):916).
Em pacientes que recebem RT isolada, o uso de 25Gy em 5 frações ou 40Gy em 15 frações não apresenta diferença em PFS, OS ou qualidade de vida. Portanto, estimula-se o uso de 25Gy pela praticidade do curto período de tratamento (Roa W et al. J Clin Oncol. 2015 10;33(35):4145-50).