Morokoff et al. (2008) DOI: 10.1227/01.NEU.0000310692.80289.28.
Analisou retrospectivamente 163 casos de meningiomas de convexidade operados em uma única instituição, entre 1986 e 2005.
A taxa de mortalidade em 30 dias foi de 0%. A incidência de novos déficits neurológicos foi de 1,7%, e a taxa global de complicações foi de 9,4%. A patologia dos tumores foi benigna em 144 (88,3%), atípica em 16 (9,8%) e anaplásica/maligna em 3 (1,8%).
A taxa de recorrência em 5 anos para meningiomas benignos foi de 1,8%, meningiomas atípicos foi de 27,2% e meningiomas anaplásicos, 50%. Os dois casos de recidiva de tumor benigno eram de tumores com atipia borderline e altos índices MIB-1. Os casos atípicos limítrofes tiveram taxa de sobrevida em 5 anos livre de recorrência de apenas 55,9%.
Dose de RT
Goldsmith et al. (1994) DOI: 10.3171/jns.1994.80.2.0195
Avaliou 140 pacientes tratados com ressecção subtotal (RST) + RTX pós-operatório parameningiomas benignos (84%) e malignos (16%).
Sobrevida global em cinco anos de 85% para benigno e de 58% para atípico. A sobrevida livre de doença foi melhor em pacientes que receberam doses > 52 Gy (95% vs. 65% benigna, 65% vs. 15% atípica).
Nenhum benefício de cirurgia mais agressiva vs. biópsia sozinha, se RT pós-operatória foi utilizada.
Pacientes com tumores benignos tratados depois de 1980 (quando a TC e RM foram usadas para o planejamento do tratamento) tiveram melhor sobrevida livre de doença de 5 anos comparados com aqueles tratados antes de 1980 (98% vs. 77%, P = 0,002).
Mendenhall et al (2003): DOI 10.1002/cncr.1164
101 pacientes com supostos meningiomas benignos da base do crânio foram tratados com radioterapia fracionada exclusiva (66 casos) ou após a ressecção subtotal (35 pacientes).
O acompanhamento médio foi de cinco anos. Taxas de controle local para todos os pacientes foi de 95% em cinco anos e 92% após 10 e 15 anos.
Park et al. (2009): DOI: 10.1016/j.ijrobp.2009.07.548
Avaliou o papel da RTX adjuvante, incluindo 45 pacientes com meningiomas grau II, sendo que 21 pacientes foram tratados com cirurgia isolada, e o restante com radioterapia adjuvante (54-61 Gy, mediana 61 Gy).
Em um acompanhamento médio de mais de 5 anos, as taxas de sobrevida livre de progressão após a ressecção radical total isolada e associada à RT foram de 46% vs. 78%, respectivamente.
Aghi et al. (2009): DOI: 10.1227/01.NEU.0000330399.55586.63
Analisou 100 pacientes tratados apenas com cirurgia, enquanto oito pacientes receberam RTX adjuvante.
30 pacientes apresentaram recorrência após ressecção total sem RT adjuvante; nenhum dos oito pacientes que receberam RTX adjuvante (59-61 Gy) tiveram recorrência.
Para toda a coorte, as taxas de recorrência atuariais de 1,5 e 10 anos foram de 7,41 e 48%.
Todos os pacientes com recidiva foram posteriormente tratados com RTX, e 22 de 30 (73%) tiveram uma ou mais cirurgias adicionais. A sobrevida doença-específica após a primeira recidiva foi de 86% e 69% em 5 e 10 anos, respectivamente.
Radiocirurgia (RCIR)
Kondziolka et al. (1999): PMID: 14519213
99 pacientes da U. Pittsburgh, 43% tratados com RCIR, 57% cirurgia + RCIR, com uma dose marginal de 16 Gy, dose máxima de 32 Gy, mediana de volume tumoral de 4,7 cc.
Com seguimento médio de 5 anos, o controle local foi de 95% e sobrevida livre de progressão foi de 93%.
Stafford et al. (2001): PMID: 11846894
190 pacientes da Clínica Mayo, 59% realizaram cirurgia antes, 12% com histologia atípica ou maligno.
A dose margem tumoral média de 16 Gy. Volume de isodos e de prescrição mediana foi de 8,2 cm3.
Controle de cinco anos local para pacientes com tumores benignos, atípicos, e malignos foi 93%, 68% e 0%, respectivamente.
CSS cinco anos para os doentes com tumores benignos, atípicos e malignos foi de 100%, 76% e 0%, respectivamente.