Universidade de Pittsburgh (2010) DOI:10.1016/j.ijrobp.2009.07.1693
Um total de 46 pacientes com craniofaringioma tratados por radiocirurgia; 51, na Universidade de Pittsburgh, entre 1988 e 2007 foram analisados. O volume médio do tumor foi de 1,0 cm3 (com variação de 0,07-8,0). A dose mediana prescrita, entregue à margem do tumor, foi de 13,0 Gy (9-20 Gy). A dose máxima média foi de 26,0 Gy (variação 20-50 Gy). O tempo médio de seguimento foi de 62,2 meses (12-232 meses).
A taxa de sobrevida global após RCIR foi de 97,1% em 5 anos. As taxas de sobrevida livre de progressão em 3 e 5 anos foram ambas de 91,6%. A taxa de controle local em geral (para tumor sólido e cisto) foi de 91%, 81% e 68% em 1, 3 e 5 anos, respectivamente. Nenhum paciente com função pituitária normal desenvolveu hipopituitarismo após a RCA.
Universidade da Pensilvânia (2004) DOI:10.1016/S0360-3016(03)01570-0
Entre 1974 e 2001, 76 pacientes com craniofaringioma foram tratados no Hospital da Universidade da Pensilvânia. Desses, 75 pacientes (97%) foram avaliados com um longo seguimento. Apesar de todos os pacientes terem sido submetidos à ressecção máxima, 27 tiveram uma cirurgia menor do que ressecção total, sendo que 18 desses pacientes receberam RT pós-operatória imediata e 22 receberam RT como resgate.
O seguimento médio para todos os pacientes foi de 7,6 anos. A sobrevida global atuarial de 10 anos, a sobrevida livre de recidiva e as taxas de controle local (CL) para todos os pacientes foram de 85%, 48% e 53%, respectivamente. Quando comparados os 57 pacientes tratados com cirurgia exclusiva com os 18 tratados com ressecção subtotal seguida de RT, observou-se diferença significativa nas taxas de controle local aos 10 anos (42% vs. 84%, p = 0,004). Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa na sobrevida global entre os dois grupos, pois a RT foi altamente efetiva como terapia de resgate. Os 22 pacientes tratados com RT de resgate tiveram taxa de controle local final em 10 anos comparável à dos doentes que receberam RT imediatamente após ressecção R1.
IMRT VS. PRÓTONS
Estudo retrospectivo incluindo 52 crianças tratadas com prótons (n = 21) ou IMRT (n = 31) em 2 instituições, de 1996-2012, foram revisadas.
Com um período de acompanhamento médio 59,6 meses, no geral, a SG e a SLP em 3 anos foi de 96% e 95%. Nem a SG nem a SLP diferiram entre os grupos de tratamento (P = 0,994). Durante o tratamento, 40% dos pacientes tiveram crescimento dos cistos imediatamente após o tratamento (20% tiveram a necessidade de intervenção), 17 pacientes (33%) tiveram crescimento do cisto (transitória em 14), comparando o aumento dos cistos entre os grupos IMRT (42% vs. 19% prótons; P = 0,082) foi associado a um maior crescimento. A toxicidade não diferiu entre os grupos.