Todos os pacientes com hematúria macroscópica devem ser submetidos a uma avaliação com citologia urinária, cistoscopia e imagem do trato urinário superior, para avaliar a presença de câncer de bexiga.
O exame de imagem de primeira linha do câncer de bexiga é urotomografia computadorizada em três fases, que estuda o sistema coletor renal e os ureteres. Linfadenopatia e tamanho tumoral também podem ser determinados.
Ressonância magnética (RM) é considerada segunda linha, útil para avaliar partes moles da pelve. Insuficiência renal limita o uso de contraste em ambas as modalidades.
Cintilografia Óssea (CO) não é utilizada rotineiramente para estadiamento, exceto em tumor localmente avançado, com dor óssea ou lesões ósseas presentes na TC.
Estadiamento
Tumor primário (T)
TX: tumor primário não pode ser avaliado;
T0: não há evidência de tumor primário;
Ta: carcinoma papilífero não invasivo;
Tis: carcinoma in situ (tumor plano);
T1: tumor que invade o tecido conjuntivo subepitelial;
T2: tumor que invade musculatura própria;
T2a: tumor que invade a musculatura superficial (metade interna);
T2b: tumor que invade a musculatura profunda (metade externa);
T3: tumor que invade tecido perivesical;
T3a: microscopicamente;
T3b: macroscopicamente (massa extravesical);
T4: tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas: próstata, útero, vagina, parede pélvica ou parede abdominal;
T4a: tumor que invade próstata, útero ou vagina;
T4b: tumor que invade parede pélvica ou parede abdominal.
Linfonodos regionais (N)
NX: linfonodos regionais não podem ser avaliados;
N0: ausência de metástase em linfonodo regional;
N1: metástase em um único linfonodo localizado na pequena pelve (hipogástrico, obturador, ilíaco externo ou linfonodo pré-sacral);
N2: metástase em múltiplos linfonodos localizados na pequena pelve (hipogástrico, obturador, ilíaco externo ou linfonodo pré-sacral);
N3: metástase em linfonodo localizado na ilíaca comum.