A incidência do Câncer de Pulmão de Pequenas Células (CPPC) tem diminuído ao longo das últimas décadas. Atualmente, o CPPC corresponde a aproximadamente 15% de todos os cânceres de pulmão diagnosticados.
Picos de incidência de 70-74 anos nos homens e de 60-69 anos nas mulheres.
Fatores de Risco
Tabagismo
O tabagismo é responsável por aproximadamente 85-90% das mortes por câncer em ambos os sexos. O risco de desenvolver o câncer está fortemente correlacionado com a duração da exposição ao tabaco.
Tabagismo passivo
A cada ano, cerca de 3.000 adultos não fumantes morrem de câncer de pulmão. O risco de morrer é 30% maior para um não fumante que vive com um fumante do que para aqueles que vivem em uma casa totalmente livre de tabaco.
Outras causas ambientais
Éter arsênico, biclorometila, cromo hexavalente, gás mostarda, níquel, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são alguns dos produtos químicos ligados ao câncer de pulmão.
Exposição ao amianto
É o principal fator de risco para o mesotelioma e tem efeito sinérgico para causar câncer de pulmão com o tabagismo. É responsável por 2-3% dos casos dos cânceres de pulmão (que não o mesotelioma).
Apresentação Clínica
Os sintomas e achados de CPPC são semelhantes aos do CPNPC. O CPPC tem tendência maior para metástases a distância (~60% na apresentação), e os sintomas podem ser proeminentes para os órgãos mais acometidos pelas metástases no diagnóstico.
CPPC tem uma forte associação com determinadas síndromes paraneoplásicas que resultam da secreção de hormônio peptídeo a partir de células tumorais. Síndromes que são especificamente associadas com o CPPC incluem secreção ectópica de ACTH (levando à síndrome de Cushing), SIADH, e síndrome de Eaton-Lambert. As síndromes paraneoplásicas endocrinológicas podem ser aliviadas pela quimioterapia, no entanto, muitas vezes as síndromes neurológicas não melhoram com a terapia antitumoral.
O CPPC é rapidamente fatal se não for tratado. A sobrevida média, com uma combinação de quimioterapia e radioterapia para o estadio limitado, é de 20 meses. Sobrevida em 2 anos é de 45%; e sobrevida em 5 anos é de 15-20%. A sobrevida para doença extensa é de 1-3 meses se não for tratada.