Câncer de Pulmão não pequenas células – Doença Avançada – EGFR Mutado

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O afatinib aumentou a sobrevida livre de progressão e a taxa de resposta em comparação a QT baseada em pemetrexede e cisplatina, nos pacientes com cancer de pulmão metastatico, EGFR mutado. 

O estudo de fase III LUX-LUNG 3 [Sequist LV, et al. J Clin Oncol 31:3327, 2013], envolveu 345 pacientes com adenocarcinoma de pulmão, estádio IIIB-IV com mutação no EGFR, nunca tratados. Os pacientes foram randozimados para afatinibe versus QT (cisplatina + pemetrexede). Os resultados para afatinibe e QT foram respectivamente:

  • Sobrevida livre de progressão: 11 versus 7 meses, (HR=0,58; IC de 95%: 0,43-0,78; p=0,001);
  • Taxa de resposta: 56% vs 23% (p=0.001)

O estudo LUX-LUNG 6 [Wu YL , et al. Lancet Oncol 15:213, 2014], utilizou 364 pacientes, também com câncer de pulmão metastático e EGFR mutado. Os pacientes foram randomizados para afatinibe versus cisplatina e gencitabina. Os resultados foram respectivamente:

  • Sobrevida livre de progressão: 11 versus 6 meses, (HR=0,28; IC de 95%: 0,20-0,39; p<0,0001);
  • Taxa de resposta: 67% vs 23% (p<0.0001)

O erlotinibe aumentou a sobrevida livre de progressão em comparação a quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células, estágio IIIB-IV, EGFR mutado.

O estudo EURTAC (Rosell R, et al. Lancet Oncol 2012 Mar;13(3):239), randomizou 173 pacientes com cancer de pulmão avançado, EGFR mutado para receberem erlotinibe versus quimioterapia. Os resultados para erlotinibe e QT foram respectivamente:

  • Sobrevida livre de progressão: 9,7 meses versus 5,2 meses (p <0,0001)
  • Eventos adversos Grau 3 e 4: 6% vs. 20%

O estudo ENSURE (Wu YL, et al. Ann Oncol 2015 Sep;26(9):1883), randomizou 217 pacientes com cancer de pulmao, IIIb-IV, não pequenas células e mutação no EGFR, para receber erlotinibe vs quimioterapia O esquema de quimioterapia foi gemcitabina mais cisplatina. Os resultados para erlotinibe versus quimioterapia foram respectivamente:

  • Sobrevida global: 26,3 meses versus 25,5 meses (p = não significativo);
  • Sobrevida livre de progressão: 11 meses versus 5,5 meses (p < 0,0001);
  • Taxa de resposta: 62,7% vs. 33,6%;
  • Eventos adversos graves relacionados com o tratamento: 2,7% versus 10,6%.

O gefitinibe melhorou a sobrevida livre de progressão em comparação a quimioterapia baseada em platina em pacientes com cancer de pulmao avançado e EGFR mutado

O estudo IPASS (Mok TS, et al. N Engl J Med 2009 Sep 3;361(10):947), envolveu 1,217 pacientes com câncer de pulmão, não pequenas células, estádio IIIB-IV. Os pacietnes foram renadomizados para gefitinibe versus carboplatina + paclitaxel. Os resultados para gefitinibe versus carboplatina + paclitaxel, foram:

  • Sobrevida livre de progressão: 5,7 meses versus 5,8 meses (p <0,001)
  • Sobrevida em 12 meses: 24,9% vs. 6,7% (p <0,001)
  • Sobrevida global: 18,6 meses versus 17,3 meses (p <0,001)
  • Taxa de resposta objetiva: 43% vs. 32,2% (p <0,001)
  • Eventos adversos, grau 3 ou 4: 28,7% vs 61%
  • Sobrevida livre de progressão em portadores de mutação do EGFR: 9,6 versus 6,3 meses, p<0,001);
  • Sobrevida livre de progressão em pacientes com EGFR selvagem: 1,5 versus 5,5 meses (p<0,001).

O crizotinibe pode melhorar a sobrevida livre de progressão em comparação com a quimioterapia em adultos com cancer de pulmão não pequenas células, histologia não escamosa, ALK translocado e virgens de tratamento.

O estudo de fase III PROFILE 1014 (Solomon BJ, et al. N Engl J Med. 2014 Dec 4;371(23):2167-77) , incluiu 343 pacientes com cancer de pulmao metastatico com translocaçao do ALK. Os pacientes foram randomizados para  crizotinibe versus QT (carboplatina/cisplatina e pemetrexede). Os resultados para crizotinibe e QT foram respectivamente:

  • Sobrevida livre de progressão: 10,9 meses vs 7 meses (HR 0,45, IC 95% 0,35-0,6)
  • Taxa de resposta: 74% vs. 45% (p <0,001)
  • Eventos adversos comuns para crizotinibe: distúrbios da visão, diarréia, náusea e edema
  • Eventos adversos comuns para quimioterapia: náuseas, fadiga, vômitos e diminuição do apetite

Pacto Oncologia Clínica